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A estrutura do vírus da Febre Amarela

A febre amarela é uma arbovirose grave que pode até ser fatal. Nesse sentido, é imprescindível conhecer os aspectos estruturais desse vírus, dado que isso permite a compreensão da doença e, consequentemente, possibilita o desenvolvimento de mecanismos que permitam combatê-la.
 
Isto posto, é importante salientar que o vírus da febre amarela, assim como o da dengue e da zika, é um flavivírus, ou seja, tem de 40 a 60 nm de diâmetro, possui capsídeo proteico, envelope lipídico com proteínas de membrana e espículas glicoproteicas, RNA de fita simples e apresenta simetria icosaédrica. Além disso, o ciclo replicativo dos flavivírus inicia-se com a ligação com o receptor na superfície celular. Não se conhece ainda qual estrutura serve como receptor, porém diversas moléculas presentes na superfície celular têm se mostrado capazes de interagir com partículas de flavivírus. 
 
Após a adsorção, a partícula é endocitada em vesículas recobertas por clatrinas. O baixo pH do endossoma induz a fusão do envelope do vírus com membranas celulares, provocando mudanças conformacionais da proteína E, para, então, liberar o nucleocapsídeo no citoplasma. Após a decapsidação, o genoma de RNA é liberado para o citoplasma. Uma vez no citoplasma, os flavivírus finalmente replicam seu RNA.
 
Em relação às especificidades do vírus amarílico, pode-se afirmar que as proteínas estruturais codificam a formação da estrutura básica da partícula viral; a proteína prM codifica o precursor da proteína da membrana (M), já a proteína E dá origem ao envelope, enquanto a proteína C codifica a formação do capsídeo viral. 
 
São a essas proteínas que o organismo humano responde durante uma infecção com a produção dos anticorpos inibidores da hemaglutinação (IH) contra as glicoproteínas do envelope e neutralizantes (N) contra a proteína C do capsídeo. Por outro lado, as proteínas não estruturais são responsáveis pelas atividades reguladoras e de expressão do vírus incluindo replicação, virulência e patogenicidade.
 
Referências 

http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-62232014000300007

http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v36n2/a12v36n2